domingo, novembro 12, 2006

Qualquer coisa



Olá Marta!! Olá.
Porquê que continuas a falar sózinha Marta? Porque sim.
Os débeis mentais fazem isso. Eu ainda continuo a ser uma atrofiada.
É domingo Marta. É domingo e acordas às 6 da manhã. É domingo e quebras a promessa.
É domingo e eu já devia de ter parado de escrever. Eu prometi. Eu nunca cumpro nada mesmo, pois não? Acho que é porque sempre fizeram o mesmo comigo. Não me sinto amada. Nem amo ninguém. Isso é mau? É pois. Ou não. Deviamos morrer sempre no auge da felicidade. Isso é morrer feliz. E se nunca amei nem fui amada, não pude morrer feliz. há sempre aquelas vezes em que ficamos com alguém por ficar. Tenho nojo de mim. Eu prometi que nunca mais ficava por ficar. Nunca mais. Os corpos dão-se. E as mãos unem-se. E estamos só por estar. Tenho nojo de mim e da outra pessoa. Eu sou vazia. E dava-me assim. A qualquer um. Pensava que o sentimento mudava. E que sim, um dia ia ama-lo. E ele a mim também. Mas eramos só corpos. Corpos nojentos. E já nem o desejava. Mas deixava-me ficar. Eu não presto. Nessa altura era um nojo. Depois deixei de me dar a qualquer um. E conheçi-o. Só dáva-mos as mãos. Não haviam compromissos. E os abraços chegavam. E os passeios chegavam. Ou pelo menos deviam ter chegado. Depois ele quis dar-me o nome dele e eu recusei. Chegaram os intrometidos. Aqueles porcos sem vida propria e sem nome. Estragam sempre tudo. Os intrometidos. E a culpa continua a ser minha. Porque me deixei ficar antes de saber que as mão dadas e os abraços chegavam. E não quis o nome dele. Porque ainda não sabia o meu. E quando sei o meu não tenho o dele.

/placebo - leni

1 comentário:

OLHAR VAGABUNDO disse...

hummm,que dizer deste texto...sinsivel mas pesado...
beijo vagabundo