quarta-feira, dezembro 20, 2006

"I feel it slip
slip away
why am I
why am I here?
so distant from
my old life
my heart feels so sad"

sexta-feira, dezembro 15, 2006

isso doi e não devia.

E quando os meses passarem e tudo acabar? Vou ter de ver-te partir como hoje?

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Olá. Adeus. Olá.

Já nem me importo se vinhas e me abandonavas outravez. se me mentias descaradamente e eu acreditava. se eras tu ou não. tu vinhas. ficavas. e ias. não interessa se a solidão é minha. se a dor é minha. tu vais e fica isso tudo. e eu nem sei quem tu és. diz porra. Diz!! porra. isso faz sentir-me um débil mental. olha olha não me sinto especial. toda gente se devia sentir especial e abraçada e ter alguém a quem chamar amor. e ter amigos. e ter essas coisas e pessoas banais mas especiais. não é? toda gente tem isso. eu nem precisava de uma mão cheia de pessoas. uma chega. uma que me oiça e perceba. acho que tu não me ias perceber. nem ias perceber as minhas lágrimas nem as minhas loucuras e muito menos as minhas palavras. não deves de gostar de loucos fracos que todos abandonam mais que uma vez. isso faz sentir-me usada. e de que importa isso? nem aquilo de que mais gosto sei fazer direito. podia pintar. escrever. olhar-te. milhares de vezes que nunca ia ser perfeito. eu sou feita a preto e branco. provavelmente as cores que tenho na minha camisola não chegam para mim e para ti. nem chegam para mudar nada entre nós. olha. o céu está a chorar. e eu podia estar num passeio a levar com todas as minhas lágrimas e começar a pesar-me em mim em cada poro da minha pele. mas hoje fiquei aqui. hoje e ontem e sábe-se lá quantas mais vezes. eu fiquei aqui. no meu quarto. a porta continua aberta. e consigo ver as lágrimas escorrerem na janela. elas perseguem-me. e se houver algum dia uma enchente eu vou afogar-me em mim e como louca que sou vou dizer olha que bonito que infeliz teve a sorte de se afogar. a cor da camisola não chega para nós. que se foda então se fica só comigo. comigo ela não é nada. eu não sou nada. nada em ninguém. no coração de ninguém. tu devias ser especial. eu também. sabes? tu és especial sempre que me abraças. e eu deixo de o ser quando acordo e tu és mentira. ou quando te vejo distante e real e práticamente inálcansável por eu não ser a tal. por ser apenas a que se sente abandonada e abraçada por alguém que práticamente a deve mandar foder sempre que a vê sonhar acordada a olhar para si. Olha podes quebrar-me mais a alma e deita-la fora as vezes que quiseres porque também deixei de me importar quantas vezes me reciclo por nada. para ninguém.

/arcade fire-cold wind

sexta-feira, dezembro 08, 2006

eu não quero chegar ao ponto em que me acho louca o suficiente para me matar. deixar que a Marta me faça mal porque às vezes tem um coração de plástico. sonhar. sonhar faz-me mal. deixa-me a memória baça. já não sei bem o que é verdade ou apenas criação minha. faço-me pagar por tudo e dou por mim a castigar[me] a marta. a marta é marta e não Marta. é pequena e a Marta continua a maltrata-la porque alguém insiste em fazê-la sonhar. a marta conta pelos dedos as vezes em que foi feliz e conta de novo, preferia não saber contar e achar que foram 100 vezes ou 20 com os dedos das mãos e dos pés...ela sabe e os numeros diminuem para duas mãos e para uma e a marta já não se quer lembrar mais então deixa de puxar pelo coração e começa a puxar os dedos e as mãos e os braços e de novo os dedos e as unhas roxas. se a marta esticar demasiado as unhas e depois os dedos e depois os braços e se a Marta não a maltratar e a ajudar a puxar mais um bocadinho a marta consegue tocar no tecto e ter o branco. talvez deixe de chorar ou de ser maltratada ou talvez pare de pensar no abraço que precisa porque sonhou com ele de novo a abraça-la. os sonhos cansam e os dedos doem e o coração seca e grita. ela não sabe de mais nada por hoje vai dormir e sentir que é abraçada e depois acordar e sentir-se de novo maltratada e "desabraçada".

/the cure - love song

quinta-feira, dezembro 07, 2006

vale apena lutar quando já sabemos de que não adianta de nada e seja lá o que se faça isso só vai prolongar a dor e tudo vai continuar a acabar na mesma, num quarto de hóspital, entre quatro paredes à espera que os pulmões falhem e o coração pare por fim, depois da luta e do sonho, o erro inútil da estupida máquina humana.

eu odeio isto muito mais quando sinto que não mereço realmente a vida que tenho. e quem luta por ela acaba sempre numa merda de hóspital, e é lá que fica e é lá que morre. já sabia de que tanto esforço não estava a valer de nada, mas continuou e lutou. e foi forte. e a porra porque fico com uma vontade de chorar por alguém que não conheço sem ser de vista e acho-me tão inútil e ingrata com merdas destas...já não dava mais para aguentar e a morfina é precisa...e a dor ganha e acaba por tirar a esperança dos olhares que ficam...e não dá para ficar indiferente e receber noticias destas e agir normalmente quer se conheça ou não....

terça-feira, dezembro 05, 2006