sábado, outubro 27, 2007

domingo, outubro 14, 2007

o fim do protagonismo alheio.
o olhar profundo, que escorrega, aberto, de alguém.
o fresco. o pesado. o simples.
e os cheiros de tudo.
o melhor de tudo intensificado.
as sensações.
e um ponto além da existência.
mais do que o estranho das ruas estreitas.
e do confronto dúvidoso com tudo.
um eco mental avassalador.
o encontro.
o desligar da estranheza por falta de reconheçimento.
um espelho. uma verdade.
o precipicio imperceptivél do existêncialismo incontrolável
num riso demente transposto
aonde a voz se ergue. e exalta.
gritando o melhor do meu ser
livre de pretenções e do cansasso desmedido
no fim do abismo. antes da queda.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Dá-me um chocolate ou um percurso alternativo, não os acompanhes com rótulos, garante-te de que dizem apenas indolor.
dás-me isso. e um café. ou uma cevada. ou um chá.
sem açucar e a amarelo e preto como em todos os percursos alternativos.e uma maçã com uma fita vermelha que me lembre para ficar no local da fuga.
tenho um dia marcado. vou fugir para dentro de mim.
eu não sou esse percurso alternativo. esse lugar indolor.
se fosse fugiamos para dentro de mim. sem fitas nem maçãs verdes.
e eramos indolores. eramos o melhor de mim e de nós.
com sorrisos de fazer inveja ao meu umbigo.
eramos o começo de tudo no fim de nada.
sem uma lembrança eu ia valer apena.
eu em mim dentro de mim.
fugi-te aos pedaços. tão pequenos que passaram despercebidos.
sou uma cega egoista amarrada às palavras desasustadas.
vivo pelo medo na outra margem de mim.
todos os calculos matemáticos. toda a perfeição desconhecida.
todo o descontentamento pela falta de pior loucura que esta.
não mereço mais de mim?
não posso ficar nesse percurso alternativo a viver, a fazer de conta que desta vez faço sentido e que afinal já não sou só uma coisa rasgada, intragável e gasta pelo tempo.
depois disso, tudo há-de pesar menos que as palavras e hei-de valer apena em mim, dentro de mim.