domingo, abril 18, 2010

quem nunca nasceu não morre nunca

(...) o rosto
ri: sob as maxilas, os ossos


mastigam palavras, rangendo:


fala sozinho, depois pára,


e enrola um velho cigarro,


carcaça onde toda a juventude


permanece, em flor, como um braseiro


metido em cofre ou em bacia:


quem nunca nasceu não morre nunca


(...)


Pier Paolo Pasolini

Sem comentários: