sábado, dezembro 03, 2005

Como se o nada me fosse muito.

Eu tinha "aqui" (tu sabes, aqui) cores e sonhos. Ou sonhos coloridos. Quente, quente. E dizia "está frio lá fora". "Aqui" não havia frio, nem desilusões. Havia calma. Eu gosto de paz. E desse teu sorriso inquietante, que tu me fazes querer desgostar.
Sabes o que é não ter sonhos, ou sonhar demais? e pensar que nunca mais chega amanhã, ou depois. E os dias equivalem a nada porque são vazios de sentimento e de cor.
Abafas o som das tuas palavras, escondes-me a luz, a tua luz. E deixas-me sozinha.
Sem cor, sem sonho, sem quente. Sem nada. Como se o nada me fosse muito.

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