quinta-feira, junho 29, 2006

Alfinetes no coração

Que diferença faz se rasgo a pele quando quero rasgar a alma e o coração?
Vontade de sentir alguma coisa mais que a solidão. Castigar-me por tudo o que deixei perder.
E espetar alfinetes. Num coração já cheio deles.
Preciso de eternidade.
Quebrei o meu mundo. Não quero voltar a faze-lo.

Quero ouvir outros suspiros além dos meus.
Não quero ter de te pensar sempre. Nem quero que me doas para sempre.
Tu. Tu não és um alfinete. Tu não rasgas. Apenas dóis. E fazes rasgar.
Isso, isso são tudo loucuras.
Acompanhadas por música que me entristece ainda mais.

E repete uma e outra vez. Até passarem horas. Já falta pouco.
Ainda é terça-feira. Ainda é Junho.
Ainda sou eu que fujo do tempo.

Um dia ele é que vai fugir de mim.
Ele deixa de me roubar a Vida que não tenho.
Eu roubo-lhe a eternidade.
Nesse dia. A paz vai ser minha e tua.

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